domingo, 13 de outubro de 2013

Você conhece a Teoria da Restrições?

A Teoria das Restrições, também conhecida pela sigla de seu nome em inglês “TOC” (Theory of Constraints) foi descrita inicialmente pelo Dr. Eliyahu Goldratt no livro intitulado “A Meta”.
Sob a ótica da TOC, uma restrição é qualquer percalço que possa impedir ou limitar o movimento de uma empresa na capacidade de alcançar seus objetivos. Para que seja utilizada, primeiramente é necessário que o objetivo a ser alcançado esteja muito bem definido.

Basicamente, as restrições podem ser classificadas em dois tipos: físicas e não-físicas, e podem ser externas ou internas. Restrições físicas normalmente são relacionadas a recursos:  pessoas, máquinas, sistemas, acessórios, veículos, instalações, etc. As restrições não-físicas são situações que, embora sejam abstratas, podem prejudicar o andamento de atividades e alcance dos objetivos, como por exemplo, a variação inesperada de demanda por um produto, culturas ou políticas corporativas, políticas governamentais, paradigmas mentais, etc.

A TOC costuma ser aplicada na gerência da produção (como solução de problemas relacionados aos gargalos restritivos, ao planejamento e redução dos estoques) na análise de rentabilidade (mudando, muitas vezes, decisões baseadas exclusivamente em custos para decisões baseadas na melhoria contínua de operações que estejam afetando a rentabilidade do negócio) e na gestão de processos (identificando fatores organizacionais que não sejam recursos e que estejam impedindo que as empresas de atinjam o resultado almejado).

Aplicar a Teoria das Restrições requer que sejam seguidas cinco etapas:


  • Identificar a restrição do sistema.
    Uma restrição pode ser a baixa capacidade de uma máquina, a sobrecarga de um departamento, o tempo disponível de profissionais específicos, quadro de funcionários insuficiente ou mesmo a limitação de um software.
  • Calcular a rentabilidade por unidade de recurso consumida na restrição.
    Valor encontrado na divisão da rentabilidade ou margem de contribuição unitária pelo consumo de recursos da restrição na produção de um produto ou disponibilização de um serviço. Maximiza-se o lucro ao concentrar a produção em produtos ou serviços que sejam mais rentáveis por unidade de recurso consumida na restrição.
  • Subordinar o sistema à restrição.
    Recursos e estoques precisam ser administrados de forma que seja provida exatamente a quantidade de recursos necessária para o alcance do objetivo desejado para a restrição analisada. O sistema é subordinado a restrição através de um método de programação e controle da produção chamado de Tambor-Pumão-Corda (Drum-Buffer-Rope ou DBR) na maioria dos casos. Esse método assegura a máxima utilização da restrição para atender a demanda. O “Tambor” (Drum) dita o ritmo da da produção para que a mesma se adeque à restrição. Preventivaente, uma proteção precisa ser criada para a disponibilização de recursos algum tempo antes de seu processamento na restrição. Esta proteção recebe o nome de “Pulmão” (Buffer), que deve ser medido em unidades de tempo, e não quantidade de itens. A duração do Pulmão é inversamente proporcional à velocidade dos recursos que não são restrições e ao tempo de resposta das operações. O controle que assegura que a quantidade exata de recursos a serem processados pela restrição, sem que haja necessidade de elevação de níveis de estoque, por exemplo, é denominada “Corda”.
  • Romper ou elevar a restrição do sistema.
    A restrição do sistema pode ser rompida ou elevada, até que deixe de ser uma restrição. Quando isso ocorrer, uma nova restrição (seja ela física ou não física, interna ou externa) assumirá o papel da restrição superada.
  • Identificar a nova restrição do sistema caso a restrição seja rompida.
    Nessa etapa deve-se observar o andamento do processo após ter superado a restrição original, no intuito de encontrar a nova restrição. Essa busca permanente faz com que a Organização se mantenha em um ciclo de melhoria contínua.

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