sábado, 26 de outubro de 2013

Pão Francês vendido por peso: Benefício para quem?

Na época em que o pão francês passou a ser vendido por peso, muitos alardeavam na imprensa que essa medida traria grandes benefícios aos consumidores, uma vez que os órgãos fiscalizadores não conseguiam fazer com que todos os estabelecimentos seguissem o padrão de peso (de cinquenta gramas) estipulado para cada unidade. A lei faria justiça ao consumidor pois ele pagaria exatamente pelo peso que estava levando, o que de fato me parecia justo até então. Pois é justamente no fato de pagar pelo peso que se leva que nasceram alguns problemas.
Os pães passaram a apresentar peso, tamanho, forma e qualidade irregulares causando insatisfação e tornando imprevisível o valor a ser pago no caixa pelos pães solicitados.  Por exemplo, quando vou à padaria costumo comprar dez pães, pois essa quantidade é suficiente para o café da manhã e um eventual lanche da tarde de todos os membros da família que lá residem. Ocorre que às vezes o preço é razoável e outras vezes muito elevado... Nunca é igual e dificilmente é parecido em duas compra seguidas. O tamanho também difere entre todas as unidades adquiridas na mesma compra. A qualidade, por sua vez, caiu consideravelmente no que se refere à aparência, consistência, textura e sabor dos pães.
Alguns diriam “Ah, mas você pagou exatamente pelo peso que levou” o que pode até ser verdade, mas inadequado quando se trata de um produto que é consumido por unidade. Ninguém acorda pensando em consumir 37 gramas de pão no café da manhã, por exemplo. Também não consigo imaginar alguém que vá até a padaria diariamente comprar 300 gramas de pão com o dinheiro contado para tal peso e levando seis pães em uma compra, três em outra, cinco em nova compra (e sempre pelo mesmo valor)...
Outro fato curioso, visto como benéfico por muitos, é encontrar pães quentes a qualquer hora do dia, todos os dias da semana. Estariam os estabelecimentos com intenção de agradar os clientes? Pensaria que sim, se o pão quente não pesasse mais do que o pão frio...

Pois é, essa lei pode ser justa na teoria, mas na prática me parece muito mais nociva do que benéfica aos consumidores.

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